A Importância de Ser “Livre e de Bons Costumes” na Maçonaria

Introdução

Na Maçonaria, um dos conceitos mais fundamentais para a conduta do homem é ser “Livre e de Bons Costumes”. Essa expressão carrega um significado profundo, que vai além de simples palavras, refletindo os princípios que regem a vida de um Maçom e que são essenciais para a sua dignidade como Obreiro da Arte Real. Mas o que realmente significa ser um homem livre e de bons costumes dentro do contexto maçônico?

A Liberdade como Pilar da Maçonaria

A Liberdade é uma das bandeiras mais importantes da Maçonaria, senão a mais importante. Este conceito é intrinsecamente ligado à ideia de que o valor do homem é determinado por sua capacidade de pensar livremente e pela pureza de seus sentimentos. A liberdade, nesse sentido, não é apenas a ausência de opressão física, mas também a liberdade de pensamento, de consciência e de expressão.

Durante a Cerimônia de Iniciação, uma das etapas mais significativas na jornada de um novo Maçom, o candidato é submetido a um processo que busca revelar seus sentimentos mais profundos e avaliar sua personalidade. Esse ritual é carregado de simbolismo e é projetado para aguçar os sentidos do iniciando, levando-o a um estado profundo de introspecção. A liberdade de pensamento, nesse contexto, é um atributo indispensável, pois é através dela que o Maçom pode buscar a verdade, rejeitar a escravidão de qualquer forma e desenvolver-se pessoalmente.

Bons Costumes: A Base da Conduta Maçônica

Ser um homem de bons costumes é igualmente crucial na Maçonaria. Este termo se refere ao respeito pelas tradições e leis justas da sociedade, e ao compromisso de promover o bem. Durante a Cerimônia de Iniciação, o candidato é descrito como um homem livre e de bons costumes, não por si mesmo, mas pelos membros que o rodeiam. Isso reflete o desejo institucional da Ordem de que seus membros sejam indivíduos que respeitem e cultivem as boas tradições, liderando o trabalho de introdução de convenções que possam conduzir a sociedade ao progresso.

Os bons costumes estão profundamente ligados à ordem moral de uma sociedade e têm um impacto significativo na formação do caráter de um indivíduo. As convenções e tradições de uma sociedade são continuamente julgadas por sua moralidade, e esse julgamento é o que deve fundamentar as constituições, leis e normas sociais. A Maçonaria, nesse sentido, incentiva seus membros a serem exemplos a serem seguidos, respeitando e fazendo respeitar as leis justas, ao mesmo tempo em que combatem, com postura e dignidade, aquelas que necessitam ser revistas.

O Papel do Maçom na Sociedade

O Maçom é visto como um líder dentro de sua comunidade, alguém que conhece e respeita as tradições, mas que também está empenhado em guiar a sociedade em direção ao progresso. Ele deve ser um exemplo de retidão moral e de conduta ética, agindo com sensibilidade e respeito pelos outros. A Maçonaria ensina que um Maçom deve sempre dizer menos do que pensa, evitando palavras amargas e cuidando para que suas promessas sejam cumpridas, independentemente do custo. Além disso, é encorajado a aproveitar todas as oportunidades para dizer algo agradável e a demonstrar ternura e interesse genuíno pelos outros.

Este comportamento ético não se limita aos grandes gestos, mas deve ser manifestado em pequenas ações cotidianas. A cortesia, a consideração pelos outros e a sensibilidade são qualidades que um Maçom deve cultivar constantemente, pois são essas características que o tornam digno do título de Obreiro da Arte Real.

Conclusão

Ser “Livre e de Bons Costumes” é mais do que uma simples frase; é um ideal que cada Maçom deve aspirar em sua vida diária. A liberdade de pensamento e a prática de bons costumes são pilares que sustentam a Maçonaria, e são essas qualidades que definem o caráter de um verdadeiro Maçom. Ao respeitar as tradições, promover o bem, e agir com ética e sensibilidade, o Maçom contribui para a construção de uma sociedade mais justa e progressista, cumprindo assim seu papel como líder e exemplo a ser seguido.

Referência Bibliográfica: 

JUNIOR, R. Maçonaria 100 Instruções de Aprendiz. [s.l: s.n.]. p. 178–180

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