Introdução
Na Maçonaria, poucos símbolos são tão poderosos e significativos quanto a Cadeia de União. Conhecida também como “Corrente”, ela representa a conexão universal entre todos os maçons do mundo, um elo invisível que transcende fronteiras físicas e espirituais. A Instrução 4 de Maçonaria: 100 Instruções de Aprendiz explora esse conceito, revelando como a Cadeia de União é mais do que um ritual: é uma manifestação da força coletiva e da fraternidade que define a Ordem.
A origem do termo “Cadeia” vem do latim catena, que significa “elos” ou “ligação”. Na tradição maçônica, a Cadeia de União simboliza a união entre o Céu e a Terra, uma ponte entre o humano e o divino. Filósofos como Platão e Sócrates a associaram a ideias elevadas: Platão via nela uma “Corda Luminosa” que encadeia o Universo, enquanto Sócrates a relacionava à justiça e à felicidade. Na prática maçônica, ela é formada fisicamente quando os irmãos se dão as mãos em um círculo, criando uma corrente magnética que canaliza energias astrais e espirituais.
A Cadeia de União tem funções específicas nos rituais. Uma delas é a transmissão da Palavra Semestral, um segredo compartilhado apenas entre os membros regulares da Loja, sob a liderança do Venerável Mestre. Visitantes não participam desse momento, pois a Palavra atesta a regularidade da Oficina e a assiduidade de seus obreiros. Mas a Cadeia de União vai além disso: ela pode ser usada em outras ocasiões, como orações coletivas para enviar ajuda espiritual a alguém em necessidade, seja para cura ou proteção. O livro destaca que essa corrente pode ser formada de três maneiras — pelo sinal, pela palavra ou pelo contato físico —, cada uma reforçando a união entre os maçons.
Simbolicamente, a Cadeia de União é o coração da ação comunitária maçônica. Ela representa a fé coletiva, a solidariedade e a capacidade de gerar mudanças positivas por meio do pensamento unificado. Quando os maçons se unem nessa corrente, criam uma força que, segundo a tradição, é capaz de influenciar o plano mental e até o sobrenatural. É um lembrete de que a Maçonaria não é apenas uma jornada individual, mas uma missão compartilhada.
Na prática, a Cadeia de União reflete os ideais de igualdade e fraternidade que a Ordem prega. Não importa o cargo ou o grau do maçom: na corrente, todos são elos iguais, conectados pelo mesmo propósito. Esse simbolismo ressoa com a ideia de que a força da Maçonaria está na união de seus membros, um elo invisível que os sustenta mesmo fora do Templo.
A Cadeia de União, portanto, é mais do que um gesto ritualístico. É a essência da fraternidade maçônica, um símbolo vivo de que, juntos, os maçons podem construir um mundo mais justo e harmonioso. Como diz o livro, ela é a “Corrente Universal” que une os irmãos na Terra, um legado de conexão que atravessa gerações.
Referência Bibliográfica
JUNIOR, R. Maçonaria 100 Instruções de Aprendiz. [s.l: s.n.].





