Introdução
A Acácia é uma planta profundamente enraizada no simbolismo maçônico, representando segurança, clareza, inocência e pureza. Esta árvore, considerada sagrada entre os hebreus na antiguidade, foi preservada como um poderoso símbolo na Maçonaria. Diversas plantas foram utilizadas pelos antigos para simbolizar virtudes e qualidades da alma, mas a Acácia destaca-se como um símbolo da verdadeira iniciação, da ressurreição e de uma nova vida.
A Lenda de Hiram Abiff
Na narrativa maçônica, a Acácia desempenha um papel crucial na lenda de Hiram Abiff. Após a morte de Hiram, seu corpo foi levado ao Monte Mória e enterrado em uma sepultura marcada por um ramo de Acácia. Os exploradores enviados pelo Rei Salomão, ao encontrarem o local, perceberam que o ramo de Acácia estava numa terra recentemente removida, indicando a presença de um corpo enterrado. Este ramo de Acácia tornou-se um dos maiores símbolos do Grau de Mestre Maçom (M∴ M∴).
Em outra versão da lenda, os Mestres Maçons que procuravam Hiram encontraram um monte de terra recentemente removida e plantaram um ramo de Acácia para marcar o local. Em uma terceira versão, a Acácia teria brotado do próprio corpo de Hiram, simbolizando sua ressurreição.
A Acácia na Botânica
A Acácia é uma árvore espinhosa da família das leguminosas-mimosas, conhecida cientificamente como Acácia Dialbata, da qual se extrai a goma arábica. No Novo Testamento, o termo grego “akanthon” foi traduzido para o português como Acácia ou acanto, significando espinho ou espinhoso. A coroa de espinhos colocada na cabeça de Jesus, segundo algumas interpretações, era feita de Acácia espinhosa, simbolizando sabedoria.
A Acácia na Antiguidade
O respeito pela Acácia remonta à antiguidade. Em hebraico antigo, a palavra “shittah” refere-se à Acácia, e seu plural é “shittin”. A árvore era venerada por suas propriedades e simbolismo solar, com suas folhas abrindo ao amanhecer e fechando ao anoitecer. Entre os árabes, a Acácia era chamada de “Houza”, possivelmente a origem da palavra “Huzzá”. Entre os israelitas, a Acácia foi utilizada por Moisés na construção de elementos sagrados como a Arca da Aliança, a Mesa e o Altar, devido à sua imputrescibilidade.
Os egípcios também consideravam a Acácia uma planta sagrada, e os Rosacruzes e alguns ritos maçônicos antigos ensinavam que a cruz de Jesus foi feita de sua madeira. A planta é associada ao deus Osíris e ao Rito Maçônico do Grau de Mestre, com suas flores douradas simbolizando o Ramo Dourado dos antigos mistérios.
A Acácia na Bíblia
A Acácia é frequentemente mencionada na Bíblia, destacando-se na construção do Altar dos Holocaustos, da Arca da Aliança e da Mesa dos Pães Propiciais. A madeira de Acácia era usada para esses itens sagrados devido à sua durabilidade e simbolismo. No hebraico, “shittah” e seu plural “shittin” significam espinho, e acredita-se que a cruz de Jesus também tenha sido feita de Acácia.
A Acácia na Maçonaria
Na Maçonaria, a Acácia simboliza a inocência, a iniciação e a imortalidade da alma. Albert Gallatin Mackey e Bernard E. Jones ressaltam que o termo grego “akakia” também significa qualidade moral, inocência e pureza de vida. O maçom que conhece a Acácia é esperado a manter uma conduta pura e sem máculas. Desde 1937, a Acácia tem sido um símbolo da vida eterna na Maçonaria, representando zelo pela verdade e justiça.
Conclusão
A Acácia, com seu rico simbolismo, representa a alma, a imortalidade, a iniciação e a incorruptibilidade na Maçonaria. Ela é um emblema de renascimento e de uma vida eterna, refletindo a jornada espiritual e moral dos maçons. Quando um Mestre Maçom afirma que “A Acácia é Conhecida”, ele declara sua compreensão da imortalidade da alma e sua regeneração como um homem livre. A Acácia é, de fato, a árvore da vida, simbolizando a harmonia e a paz eterna que resultam da perfeita união com a Sublime Luz do Grande Arquiteto do Universo (G∴A∴D∴U∴).
Fonte: A acácia
