A Estrela Flamígera e a Letra G no Grau de Companheiro

Introdução

Na Maçonaria, os símbolos são pontes entre o visível e o invisível, entre a razão e a espiritualidade. No grau de Companheiro, duas luzes se destacam de forma especial: a Estrela Flamígera e a Letra G. Juntas, elas representam mais do que ornamentos no templo — são convites à iluminação interior.

✦ O que é a Estrela Flamígera?

A Estrela Flamígera, de cinco pontas e com raios flamejantes, é o principal símbolo do grau de Companheiro. Em seu centro, costuma-se encontrar a Letra G, intensificando seu significado esotérico.

Essa estrela tem origens diversas: Pitagóricas, Alquímicas e Templárias. Segundo Raymundo D’Elia Junior em 50 Instruções de Companheiro, sua introdução na Maçonaria moderna deve-se ao Barão de Tschoudy, criador do Rito da Estrela Flamígera, no século XVIII.

✦ Significados simbólicos

• Sabedoria e Luz: a estrela representa o princípio ativo que ilumina o intelecto do Companheiro.

• O número 5: simboliza os cinco sentidos, os cinco pontos de perfeição e os cinco elementos.

• Fogo: como símbolo de purificação e transformação, o fogo flamígero convida o iniciado a refinar sua natureza.

✦ E a Letra G?

A Letra G, presente no centro da estrela, é multifacetada:

• Geometria: a ciência sagrada que rege a criação e a arquitetura do universo.

• G.A.D.U.: representa o Grande Arquiteto do Universo, nome genérico para o princípio criador.

• Gnose: conhecimento elevado, reservado aos que buscam com pureza de intenção.

A junção da Estrela com a Letra G forma o que muitos rituais chamam de “A Glória”. Um símbolo de que o Companheiro já é capaz de reconhecer a luz interior e externa, e de refletir sobre o cosmos e sua própria existência.

✦ A função ritualística

No ritual de Elevação ao grau de Companheiro, esse conjunto simbólico aparece iluminado e ganha destaque na instrução. É o momento em que o iniciado compreende que o verdadeiro templo se constrói na mente e no coração.

O livro destaca ainda a influência de estudiosos como Sir Robert Moray e John Evelyn, que usavam a estrela de cinco pontas como marca pessoal em tempos onde o segredo e a simbologia andavam de mãos dadas.

📚 Referência bibliográfica

D’Elia Junior, Raymundo. Maçonaria – 50 Instruções de Companheiro. São Paulo: Madras Editora, 2019.