A Maçonaria e a História Moderna: Libertação e Progresso

Introdução

A Maçonaria tem uma relação íntima com a história moderna, sendo protagonista em movimentos que moldaram o mundo contemporâneo. A Instrução 97 de Maçonaria: 100 Instruções de Aprendiz detalha como os maçons foram decisivos em lutas por libertação e progresso, desde a Independência dos Estados Unidos até a emancipação do Brasil e outras nações sul-americanas. Essa influência reflete os ideais de liberdade, igualdade e fraternidade que a Ordem carrega.

Um marco na história moderna é a Independência dos EUA, liderada por George Washington, um maçom proeminente. Na América do Sul, figuras como Antonio Gabriel de Miranda y Rodrigues, um venezuelano que lutou ao lado de Washington e fundou as Lojas Lautárias, inspiraram revoluções em países como Venezuela e Chile. Essas lojas, com seus cinco graus iniciáticos, tinham como meta a independência e a democracia, rejeitando qualquer governo que não fosse eleito pelo povo. Miranda, cuja trajetória terminou em uma prisão espanhola em 1816, é um símbolo do sacrifício maçônico pela liberdade.

No Brasil, a Maçonaria também deixou sua marca na história moderna. A primeira Loja, o Areópago de Itambé, fundada em 1801, conspirava contra o domínio português. Mais tarde, Joaquim Gonçalves Ledo e José Bonifácio de Andrada e Silva lideraram o movimento pela Independência. Ledo, Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil, articulou o “Fico” de Dom Pedro I e planejou a data de 12 de outubro para a emancipação, embora o evento tenha sido antecipado para 7 de setembro de 1822 por iniciativa do Imperador. Maçons como Benjamin Constant e Deodoro da Fonseca também foram cruciais na Proclamação da República em 1889, encerrando a monarquia.

A história moderna brasileira registra ainda a luta maçônica pela Abolição da Escravatura, com conquistas como a Lei do Ventre Livre e a Lei Áurea. Esses feitos mostram que a Maçonaria não se limitou a ideais abstratos: ela agiu, muitas vezes sob risco, para transformar a sociedade. O livro destaca que os maçons, guiados pela “Coluna da Sabedoria”, rejeitam conceitos sem exame crítico, uma postura que ecoa pensadores como Descartes e Tagore.

Nos tempos mais recentes, a Maçonaria brasileira se empenhou por causas como a anistia, o voto dos analfabetos, as eleições diretas e o divórcio, consolidando seu papel na história moderna como defensora da cidadania e da democracia. Esses esforços refletem a missão da Ordem de promover o progresso humano, um legado que vai além das fronteiras nacionais.

A história moderna, portanto, deve muito à Maçonaria. Seus membros, movidos por uma visão de mundo baseada na razão e na moral, foram arquitetos de mudanças que continuam a ressoar. Como o livro sugere, a Maçonaria é uma força viva, sempre na vanguarda do progresso e da defesa dos direitos humanos.

Referência Bibliográfica

JUNIOR, R. Maçonaria 100 Instruções de Aprendiz. [s.l: s.n.].

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