Escada de Jacó: Simbolismo e Significado na Maçonaria

Introdução

A Escada de Jacó é um dos símbolos mais ricos e profundos dentro da Maçonaria, carregando consigo um vasto significado tanto esotérico quanto prático. Este símbolo está intrinsecamente ligado à jornada maçônica, representando a ascensão progressiva através dos diferentes graus e níveis de entendimento e autoridade dentro da Loja. Neste artigo, exploraremos o significado e a simbologia dos degraus na Escada de Jacó, sua relação com os planos do Templo Maçônico e o que se espera dos maçons em sua jornada ascensional.

A Estrutura da Escada

A definição básica de um degrau é uma superfície plana destinada a sustentar o corpo humano, conduzindo de um plano a outro. Um conjunto de degraus forma uma escada, que pode ser vista como um meio de transição entre diferentes níveis ou planos. No contexto maçônico, o Templo é dividido em dois planos principais onde estão instaladas as autoridades:

1. **O Primeiro Plano (Ocidente):** Local das Colunas onde estão os Vigilantes.
2. **O Segundo Plano (Oriente):** Local onde está o Venerável Mestre (VM).

A transição entre esses planos é feita através de degraus que simbolizam a ascensão espiritual e hierárquica dentro da Ordem.

Simbolismo dos Degraus

Os degraus que levam do Ocidente ao Oriente são três, resultando em quatro patamares ou pisos. Cada degrau tem um significado específico e representa uma qualidade essencial que deve ser desenvolvida pelos maçons em seu caráter:

– Primeiro Degrau: Simboliza a Força, correspondendo ao Grau de Aprendiz.
– Segundo Degrau: Representa a Beleza, correspondente ao Grau de Companheiro.
– Terceiro Degrau: Significa a Ciência, associada ao Grau de Mestre.

Esses degraus não são apenas passos físicos, mas marcos simbólicos que indicam o progresso do maçom em sua jornada espiritual e moral. O integrante que sustenta seu corpo sobre um desses degraus demonstra possuir a qualidade representada por ele, reconhecida pelos demais membros através de seu avental e jóia.

A Importância dos Planos

O Plano das Colunas (Ocidente) é acessado sem a necessidade de degraus e simboliza o trabalho. É onde os Vigilantes desempenham suas funções, cuidando dos integrantes e dos trabalhos das Colunas do Sul (Força) e do Norte (Beleza). Já o Plano do Oriente é simbolizado pela Virtude e é acessível apenas aos Mestres que tiveram sua virtude reconhecida.

Ascensão e Hierarquia

A correspondência entre os degraus e os graus simbólicos (Aprendiz, Companheiro e Mestre) é clara e direta, refletindo o processo de ascensão dentro da Loja. No entanto, apenas quando um maçom atinge o Grau de Mestre é que ele pode circular livremente pelo Oriente, simbolizando a conquista de uma virtude reconhecida em caráter definitivo, provisório ou eventual.

Características dos Graus:

– Caráter Definitivo: Direito contínuo e sem interrupções previsíveis.
– Caráter Provisório: Direito com prazo determinado para extinção.
– Caráter Eventual: Direito que cessa ao término da sessão.

As Funções dos Vigilantes

Os Vigilantes desempenham um papel crucial na orientação e supervisão dos trabalhos maçônicos. Eles não ascendem ao Oriente porque sua função principal é guiar e dirigir os integrantes de suas respectivas Colunas, assegurando que o trabalho se desenvolva com ordem e disciplina.

O Venerável Mestre e o Trono de Salomão

O Venerável Mestre ocupa o Oriente em caráter definitivo como Mestre Instalado e assume o Trono de Salomão em caráter provisório, sendo substituído em eleições subsequentes. O Trono de Salomão é simbolicamente o lugar da Verdade, alcançado por mais dois degraus que representam a Pureza e a Luz, essenciais para a liderança e orientação dentro da Loja.

Conclusão

A Escada de Jacó é um símbolo poderoso que encapsula a essência do progresso maçônico. Cada degrau representa um passo na jornada de autoconhecimento, aprimoramento moral e ascensão hierárquica. Ao compreender o simbolismo dos degraus e os planos do Templo, os maçons podem apreciar melhor o que se espera deles em sua jornada: um constante movimento “Para Frente e Para Cima”, buscando sempre a Virtude e a Verdade.

Referência Bibliográfica: 

JUNIOR, R. Maçonaria 100 Instruções de Aprendiz. [s.l: s.n.]. p. 49–52

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