Mestre Instalado: Grau ou Categoria Honorífica?
No contexto da Maçonaria, há uma distinção importante a ser feita sobre o status de “Mestre Instalado”. Não se trata de um grau dentro do simbolismo maçônico, mas sim de uma categoria honorífica especial, conforme estabelece o Artigo 42 do Regulamento Geral da Federação (RGF).
Decreto 2.085 e o Uso da Sigla M∴ I∴
O Decreto 2.085, datado de 11 de junho de 1968, emitido pelo Grão-Mestre Geral do Grande Oriente do Brasil (GOB), Soberano Ir∴ Álvaro Palmeira, permite que Mestres Maçons Instalados utilizem a sigla M∴ I∴ após seus nomes. Contudo, essa prática não é obrigatória. O decreto afirma que um Mestre Maçom, que tenha recebido a instrução esotérica de Mestre Instalado por ter sido eleito Venerável de uma Loja Simbólica, tem o direito de usar essa sigla, mas não a obrigação.
Evolução da Cerimônia de Instalação
Antes de 1968, a instalação dos Veneráveis Mestres no GOB não seguia um ritual esotérico generalizado, sendo apenas uma posse formal. A partir de 1968, adotou-se a prática da instalação esotérica, alinhada com os procedimentos da Maçonaria Francesa, de onde o GOB tem suas raízes. Mesmo aqueles que foram eleitos Veneráveis antes de 1968 e não passaram pela cerimônia ritualística podem usar a sigla M∴ I∴, conforme o Artigo Único do Decreto 2085.
Prática Atual
Na prática atual do GOB, diferentes categorias de maçons utilizam siglas específicas ao assinarem o livro de presenças das Lojas. Aprendizes usam “Apr∴ Maç∴”, Companheiros utilizam “Comp∴ Maç∴”, e Mestres Maçons assinam como “M∴ Maç∴”. Os Mestres Maçons Instalados, por sua vez, têm a opção de adicionar a sigla M∴ I∴, mas isso não é uma exigência.
Em resumo, Mestre Instalado é uma distinção honorífica e não um grau, e o uso da sigla M∴ I∴ é permitido, mas não obrigatório, refletindo a flexibilidade e a evolução das práticas maçônicas no GOB.
Fonte: Mestre Instalado – Assinatura e o Grau no Livro de Preenças – Pedro Juk
