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Aprendiz Maçom pode usar Balandrau?

O Uso do Balandrau na Maçonaria: Foco no Aprendiz Maçom

A Maçonaria, com sua rica tradição e simbologia, utiliza diversos trajes e adereços que carregam significados profundos e históricos. Um desses trajes é o balandrau, cujo uso e origem são temas de discussões e debates entre maçons. Este artigo busca explorar o uso do balandrau na Maçonaria, com especial atenção ao seu uso pelos aprendizes maçons, destacando as perspectivas históricas e contemporâneas sobre o tema.

Histórico do Balandrau

O balandrau é uma vestimenta longa, geralmente preta, que lembra as túnicas medievais com capuz e mangas largas. De acordo com José Castellani, renomado historiador maçônico, o balandrau não é originalmente europeu, mas sim uma invenção brasileira inspirada nas vestimentas das irmandades católicas do Brasil no final do século XIX. No entanto, outras fontes, como o historiador Steinbrenner, mencionam que vestes similares eram usadas pelos *Collegia Fabrorum*, construtores que acompanhavam as legiões romanas, datando o uso de tais vestes ao século VI a.C.

O Balandrau na Moderna Maçonaria

Na Moderna Maçonaria, o uso do balandrau varia conforme o rito e a localização geográfica. Nos ritos de Schroeder e de Trabalho de Emulação, por exemplo, o balandrau não é permitido, e as lojas exigem trajes específicos de acordo com o rito. No entanto, em outros ritos, como o Rito Escocês Antigo e Aceito (REAA), o balandrau é amplamente utilizado, especialmente em sessões ordinárias. Esta flexibilidade no uso do balandrau pode ser vista em relatos de maçons que visitaram lojas em diferentes países, como na Alemanha, onde o balandrau é usado em certas lojas do REAA.

A Praticidade do Balandrau

Uma das razões para a popularidade do balandrau, especialmente entre os aprendizes maçons, é sua praticidade. Por ser uma vestimenta longa e preta, o balandrau permite que o maçom esteja adequadamente trajado para as sessões, mesmo que tenha saído de casa às pressas. Além disso, em regiões onde o clima é quente, o balandrau pode ser uma opção mais confortável em comparação ao terno preto tradicionalmente exigido em muitas lojas.

O Uso do Balandrau pelo Aprendiz Maçom

Para o aprendiz maçom, o balandrau pode servir como uma introdução acessível e prática ao mundo maçônico. Enquanto o avental é a peça universalmente reconhecida e indispensável na vestimenta maçônica, o balandrau oferece uma camada adicional de decoro e formalidade, sem as restrições mais rígidas do traje completo. Isso é especialmente relevante para os aprendizes, que estão começando sua jornada na Maçonaria e ainda podem estar se familiarizando com as tradições e exigências da Ordem.

Debate e Controvérsia

O uso do balandrau não é isento de controvérsia. Enquanto alguns maçons defendem sua utilização pela tradição e praticidade, outros argumentam que ele não é um traje verdadeiramente maçônico e preferem a formalidade do terno preto. Este debate é ilustrado pela correspondência entre os irmãos Hercule Spoladore e Francisco, onde se discute a presença do balandrau em lojas na Alemanha, contradizendo a ideia de que o balandrau seria uma exclusividade brasileira.

Considerações Finais

A Maçonaria, em sua diversidade de ritos e tradições, permite uma variedade de interpretações e práticas quanto ao vestuário. O balandrau, com sua longa história e praticidade, continua a ser uma vestimenta relevante e útil, especialmente para os aprendizes maçons. Embora sua aceitação varie de acordo com o rito e a região, o balandrau permanece um símbolo de continuidade histórica e adaptabilidade dentro da Maçonaria.

Assim, é importante que cada loja e cada maçom avalie o uso do balandrau à luz de suas próprias tradições e necessidades, mantendo sempre o respeito pelos princípios e valores que guiam a Maçonaria universalmente.

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